As intervenções da arte de rua no centro de Goiânia/Goiás:
o mapa representando as resistências sociais do lugar
DOI:
https://doi.org/10.46789/edugeo.v12i22.1109Palavras-chave:
Cartografia social, Lugar, Arte de rua, ResistênciaResumo
O espaço geográfico, como construção social, se manifesta na diversidade de linguagens que revelam e/ou omitem fenômenos. Mas, que linguagens podem ser relevantes para pensar o lugar/mundo a partir do pensamento geográfico? A Cartografia configurou-se, historicamente, como a linguagem privilegiada da Geografia, contudo, nesse percurso, a forma de construção dos mapas se reafirmou eurocentrista e euclidiana, descartando elementos de referência cultural, suprimindo a função social da Cartografia que é dar visibilidade às experiências humanas nos lugares, contemplando o espaço nas múltiplas formas em que ele pode ser experienciado. Neste artigo, buscamos apresentar uma discussão acerca de uma representação cartográfica social que se configure como dimensão de resistência política e cultural. Consideramos que é possível representar os lugares por meio de diferentes linguagens, já que o espaço é múltiplo e dinâmico e não apenas métrico e estático. Intentamos problematizar a relação entre Arte Urbana, Geografia e representação cartográfica, pensando no espaço do Centro de Goiânia, em que realizamos uma atividade de campo para posterior elaboração de um mapa, apresentado ao final do texto. Por meio desta proposta objetivamos provocar possíveis trajetórias pedagógicas a serem vivenciadas na Geografia Escolar, com vistas a um ensino mais crítico, criativo e transformador da realidade.
Palavras-chave
Cartografia social, Lugar, Arte de rua, Resistência.
The street art interventions in the center of Goiânia/Goiás: the map representing the social resistances of the place
Abstract
The Geographical space, as a social construction, is manifested in the diversity of languages that reveal and/or omit phenomena. But which languages can be relevant to think about the place/world based on geographic thinking? Cartography has been historically configured as the privileged language of Geography, however, along this path, the form of maps construction reaffirmed Eurocentrist and Euclidean. It discards cultural reference elements, suppressing the cartography's social function, which is to give visibility to human experiences in places, contemplating space in the multiple ways in which it can be experienced. In this article, we seek to present a discussion about a social cartographic representation that configures itself as a dimension of political and cultural resistance. We consider that it is possible to represent space using different languages since space is multiple and dynamic and not just metric and static. We intend to problematize the relationship between urban art, geography, and cartographic representation, thinking about the space in Goiânia's downtown, in which we carry out a field activity for the subsequent elaboration of a map, presented at the end of the text. Through this proposal, we aim to provoke possible pedagogical trajectories to be experienced in school geography, to teach more critical, creative, and transforming reality, via spatiality.
Keywords
Social cartography, Place, Street art, Resistance.
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