Filosofia do ensino de Geografia

Autores

  • Bruno Nunes Batista Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.46789/edugeo.v12i22.1181

Palavras-chave:

Filosofia do ensino de Geografia, Kant, Crítica, Maioridade, Conceito

Resumo

Este texto ensaia a construção de uma Filosofia do ensino de Geografia. Inspirado na perspectiva crítica de Immanuel Kant, trata de pensar esse projeto por meio de quatro encaminhamentos operatórios: 1) discutir um uso acautelado da razão, frente aos limites do conhecimento; 2) problematizar os conceitos a partir de uma análise histórica, enredada em relações de poder-saber; 3) relacionar a docência à noção kantiana de maioridade; 4) conjecturar o ensino de Geografia como uma oficina de conceitos. Desses deslocamentos, não se pleiteia a constituição de um campo hermético forjado às custas de cerceamento teórico-metodológico, mas sim colocar em questão uma Geografia escolar autônoma, que pensa sobre si mesma para emancipar a si e aos outros. 

Palavras-chave

Filosofia do ensino de Geografia, Kant, Crítica, Maioridade, Conceito.

Filosofía de la enseñanza de la Geografía

Resumen

Este texto ensaya la construcción de una enseñanza de Filosofía de la Geografía. Inspirándose en la perspectiva crítica de Immanuel Kant, intenta pensar este proyecto a través de cuatro pautas operativas: 1) discutir un uso cauteloso de la razón, frente a los límites del conocimiento; 2) problematizar los conceptos desde un análisis histórico, enredados en relaciones de poder-conocimiento; 3) relacionar la enseñanza con la noción kantiana de emancipación; 4) Conjeturar la enseñanza de la Geografía como taller conceptual. A partir de estos desplazamientos no se pretende la constitución de un campo hermético forjado a costa de una restricción teórico-metodológica, sino cuestionar una geografía escolar autónoma, que piensa en sí misma para emanciparse a sí misma ya los demás.

Palabras-clave

Filosofía de la enseñanza de Geografía, Kant, Crítica, Emancipación, Concepto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2016.

CHAUÍ, Marilena. Fidelidade infiel: Espinosa comentador dos princípios da Filosofia de Descartes. Analytica, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 9-74, jan.-.jul. 1998.

DALBOSCO, Claudio Almir. Kant & a educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

DELEUZE, Gilles. Sobre a filosofia. In: DELEUZE, Gilles. Conversações (1972-1990). São Paulo: Editora 34, 2010.

______. O que é o ato de criação? In: DELEUZE, Gilles. Dois regimes de loucos: textos e entrevistas (1975-1995). São Paulo: Editora 34, 2016.

______; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia? São Paulo: Editora 34, 2013.

DEMO, Pedro. Complexidade e aprendizagem: a dinâmica não-linear do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2008.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1998.

______. O governo de si e dos outros: curso no Collège de France (1982-1983). São Paulo: Editora Martins Fontes, 2010.

______. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

GALLO, Silvio. O que é Filosofia da Educação? Anotações a partir de Deleuze e Guattari. Perspectiva, Florianópolis, v. 18, n. 34, p. 49-68, jul.-dez. 2000.

GONTIJO, Pedro. Didática para além da didática. In: CARVALHO, Marcelo; CORNELLI, Gabriele. Ensinar Filosofia: volume 2. Cuiabá, MT: Central de Textos, 2013.

HAESBAERT, Rogério. Viver no limite: território e multi/transterritorialdiade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, 1989.

KANT, Imnanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

______. Que significa orientar-se no pensamento? In: KANT, Immanuel. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985a.

______. Resposta à pergunta: Que é “Esclarecimento”? In: KANT, Immanuel. Textos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985b.

______. Forma e princípios do mundo sensível e do mundo inteligível. In: KANT, Immanuel. Escritos pré-críticos. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2007.

______. Crítica da razão prática. São Paulo: Lafonte, 2018.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos escolhidos: volume 2. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

MERÇON, Juliana. Aprendizado ético-afetivo: uma leitura spinozana da educação. Campinas, SP: Editora Alínea, 2009.

NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência. São Paulo: Rideel, 2005.

______. Ecce homo: de como a gente se torna o que a gente é. Porto Alegre: L & PM, 2011.

PLATÃO. O banquete (ou do amor). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

RATZEL, Friedrich. Sobre a interpretação da natureza [Über Naturschilderung]. Geographia, Niterói, v. 12, n. 23, p. 157-176, jan.-jun. 2010.

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012.

VEIGA-NETO, Alfredo. A hipercrítica: mais uma volta no parafuso IV. Momentos: diálogos em educação, Rio Grande, v. 29, n. 1, p. 16-35, jan.-abri. 2020b.

VESENTINI, José William. O que é crítica. Ou: qual é a crítica da Geografia crítica? GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 29-43, jul.-dez. 2009.

Downloads

Publicado

27/04/2022

Como Citar

Batista, B. N. (2022). Filosofia do ensino de Geografia. Revista Brasileira De Educação Em Geografia, 12(22), 05–27. https://doi.org/10.46789/edugeo.v12i22.1181

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.