MENINO É AZUL E ÁGUA NO MAPA TAMBÉM:
cartografia, cores, convenções e cultura
DOI:
https://doi.org/10.46789/edugeo.v10i19.909Resumen
Cartógrafos nem sempre usaram azul como cor convencional para corpos d’água em mapas. Essa estandardização apenas ocorreu no século XIX devido a avanços nas técnicas de produção. A partir de uma discussão sobre o uso de cores na cartografia e na cultura, esse texto reflete sobre a significação e ressignificação de símbolos na cultura popular e nos mapas. Através de exemplos da rede social, da história da cartografia e de mapeamentos indígenas, argumenta-se que a compreensão de cores não é um fenômeno universal ou uma convenção inquestionável. A seleção de cores não pode ser separada de valores culturais, embora os cânones da disciplina insistam na validade absoluta das suas normas que conferem uma segurança ontológica aos leitores e usuários de mapas. Essa desconstrução de convenções tem como objetivo refletir mais profundamente sobre as abordagens teórico-metodológicas sobre o uso de mapas no ensino de geografia, a concepção de símbolos como relações entre significado e significante e os problemas do modelo semiológico de Saussure que interpreta a cartografia como língua em vez de linguagem. Sugere-se um debate mais amplo para pensar sobre metodologias cartográficas que são mais inclusivas e levem em conta diversidade e cultura na educação.
Palavras-chave
Cores convencionais, Símbolos na cultura, Segurança ontológica, Linguagem cartográfica
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