A Cartografia Escolar e os caminhos para a construção do pensamento geográfico
DOI:
https://doi.org/10.46789/edugeo.v13i23.1314Palavras-chave:
Cartografia escolar, Alfabetização espacial, ensamento geográfico, Geografia escolar, CidadaniaResumo
A grande missão da Geografia escolar é levar a sociedade a observar e analisar o mundo pelas lentes desta ciência. A vista disso, compete à Educação Geográfica a tarefa de ensinar o cidadão a pensar geograficamente, promovendo a alfabetização espacial e cartográfica dos alunos, e isso pode ser consolidado metodologicamente através do uso da Cartografia escolar, desenvolvendo nos discentes este pensamento. Diante do exposto, este artigo tem como objetivo analisar as contribuições da Cartografia escolar, através do uso de mapas mentais, para o desenvolvimento do pensamento geográfico nos alunos do 6º e 8º anos do ensino fundamental. Para tanto, foi realizada pesquisas bibliográficas e duas intervenções escolares: uma na turma de 6º ano da Escola Municipal Irmão Damião Clemente em Lagoa Seca-PB e outro na turma de 8º ano da Escola Municipal Cônego Ambrósio Silva (EMCAS) em Cruzeta-RN. Durante as intervenções a prática da Cartografia escolar foi trabalhada através da construção de mapas mentais, revelando o seu conteúdo, através da representação, como também a leitura do mundo do autor e de como ele se ver nesse espaço, apresentando também um caráter político e cidadão.
Palavras-chave
Cartografia escolar, Alfabetização espacial, Pensamento geográfico, Geografia escolar, Cidadania.
School Cartography and the paths for the construction of geographic thinking
Abstract
The great mission of school geography is to lead society to observe and analyze the world through the lens of this science. In this context, Geographic Education has to teach citizens to think geographically, promoting students’ spatial and cartographic literacy, which can be methodologically consolidated through the use of school Cartography, developing this thinking in students. Given the above, this article aimed to analyze the contributions of school cartography using mental maps for the development of geographic thinking in of the 6th and 8th of elementary school students. To this end, a bibliographical research was carried out and two school interventions were carried out: one in the 6th-grade class of the Irmão Damião Clemente Municipal School in Lagoa Seca, state of Paraíba, and another in the 8th-grade class of the Cônego Ambrósio Silva Municipal School (EMCAS) in Cruzeta, state of Rio Grande do Norte. During the interventions, school cartography was worked through the construction of mental maps, revealing their content, through representation, as well as the reading of the author’s world and how he/she sees him/herself in this space, also presenting a political and citizen character.
Keywords
School cartography, Spatial literacy, Geographic thinking, School geography, Citizenship.
Downloads
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 16 out. 2023.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Cartografia escolar e o pensamento espacial fortalecendo o conhecimento geográfico. In: ASCENÇÃO, Valéria de Oliveira Roque et al. (org.). Conhecimentos da Geografia: percursos de formação docente e práticas na educação básica. Belo Horizonte: IGC, 2017.
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de geografia na escola. Campinas: Papirus, 2012.
CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço: um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo César da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2000. p. 15-47.
DUARTE, Ronaldo Goulart Duarte. A cartografia escolar e o pensamento (geo)espacial: alicerces da educação geográfica. In: ASCENÇÃO, Valéria de Oliveira Roque et al. (org.). Conhecimentos da Geografia: percursos de formação docente e práticas na educação básica. Belo Horizonte: IGC, 2017. p. 28-52.
GIRARDI, Gisele. Cartografia geográfica: considerações críticas e proposta para ressignificação de práticas cartográficas na formação do profissional em geografia. 2003. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. 193 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Cidades. 2022. Disponível em: cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/cruzeta/panorama. Acesso em: 18 dez. 2022.
JULIASZ, Paula Cristiane Strina. Mapas mentais e pensamento espacial: reconhecimento do conteúdo na aprendizagem. In: MENEZES, Priscylla Karoline de; PEREIRA, Bruno Magnum; CORRÊA, Ana Paula Saragossa (org.). Desafios da cartografia escolar no ensino de Geografia. Anápolis: Editora UEG, 2019. p. 67-104.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. (1948). Rio de Janeiro, 2009. 17 p. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf. Acesso em: 21 dez. 2019.
RICHTER, Denis. A leitura e análise espacial por meio de mapas mentais na geografia escolar. Signos Geográficos, v. 4, p. 1–26, 2022. Disponível em: https://revistas.ufg.br/signos/article/view/74429. Acesso em: 18 dez. 2022.
RICHTER, Denis. O mapa mental no ensino de Geografia: concepções e propostas para o trabalho docente. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. Disponível em: https://www.culturaacademica.com.br/catalogo/mapa-mental-no-ensino-de-geografia-o/. Acesso em 16 out. 2023.
RICHTER, Denis; FARIA, Gislaine Garcia de. Conhecimento geográfico e cartografia: produção e análise de mapas mentais. Ateliê Geográfico, v. 5, n. 1, p. 250-268, 2011. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/13834. Acesso em: 18 dez. 2022.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. 6. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. 285 p.
SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de comunicação: implicações no ensino da geografia do 1o grau. 1986. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1986.
SOUZA, Marcelo Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo César da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2000. p. 77-116.
TRIBUNA DO NORTE. Do Jalapão a Dubai. 2011. Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/do-jalapao-a-dubai/173414. Acesso em: 17 dez. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Brasileira de Educação em Geografia, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. E declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98)
2. A Revista Brasileira de Educação em Geografia tambem segue a "Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre".
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
